Tiago Bueno

Formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e com especialização em Marketing pelo Institut de Gestion de Rennes, na França, Tiago tem mais de 10 anos de experiência em marketing e trabalha com marketing digital desde 2008. Atualmente é responsável, na IBM, pela relação com clientes e parceiros de marketing digital.
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Marketing e tecnologia são dois mundos que, cada vez mais, estão integrados. Trabalhando com marketing há mais de uma década, já fui testemunha de mudanças brutais nesse mercado e todas, sem nenhuma exceção, foram decorrentes do surgimento de uma nova tecnologia: database marketing, email marketing, web marketing, marketing nas redes sociais etc.

A maioria dessas mudanças é percebida rapidamente pelos profissionais da área, pois impactam diretamente o seu dia a dia, seja através da exigência que os clientes fazem na adoção das novas tecnologias em campanhas e iniciativas, seja pela necessidade de entender e se atualizar com novas ferramentas e modalidades de interação com os consumidores.

A computação em nuvem foi uma dessas inovações que facilitou muito a vida dos marketeiros: o surgimento e expansão de atividades como compartilhamento de arquivos, interação com clientes, fornecedores e influenciadores, monitoramento do comportamento do mercado e identificação de tendências em tempo real foram muito facilitadas pela existência da cloud. Imaginem como seria a compra de um serviço, por exemplo, de monitoramento de redes sociais que não rodasse na nuvem? O departamento de marketing teria que comprar a licensa de um software, provavelmente esperar pela validação da área de TI, não poderia pagar em modalidade “pay as you go”, ou seja, conforme o uso e a necessidade etc. Ou seja, seria bem mais trabalhoso e menos flexível do que o que vemos acontecer hoje.

Mas além da facilidade que a nuvem traz para o profissional de marketing no uso de ferramentas, acho também muito relevante falar de um outro aspecto dessa relação, um aspecto menos visível mas não menos importante: o quanto essa tecnologia habilita o surgimento de novos negócios, novas empresas e até mesmo de todo um ecossistema de inovação ao redor do mundo de marketing.

Um fornecedor de serviços de email marketing, por exemplo. No momento de montar o seu modelo de negócio, ele precisa estimar quantos emails os seus clientes irão enviar para poder determinar o número de servidores necessários para sustentar a sua aplicação. Sem a computação em nuvem, ele precisaria fazer um investimento de capital na compra de servidores, o que já poderia trazer um impacto financeiro negativo. E se a estimativa feita inicialmente estivesse errada?

Ou se seus clientes resolvessem mandar mais (ou menos) emails do que o previsto? No primeiro caso, o risco seria de a aplicação ficar fora do ar, impossibilitando o envio de emails; no segundo, o fornecedor estaria pagando por uma infraestrutura que não estaria sendo usada na sua totalidade, diminuindo a sua margem de lucro.

E no caso de agências digitais que disponibilizam, entre suas ofertas, serviços de hospedagem de sites e aplicativos? Para garantir o mesmo nível de performance, redundância e segurança de um provedor de cloud teriam que providenciar uma série de investimentos em sua base instalada que talvez não fizessem sentido, visto que o seu core business é marketing, não tecnologia.

Já conversei, enfim, com agentes digitais que me relataram estar recebendo cada vez mais pedidos de clientes para que o seu serviço seja fornecido não no ambiente mais tradicional de cloud pública (onde a grande maioria das plataformas já está hospedada), mas em uma nuvem privada do próprio cliente. Daí a importância estratégica de utilizar uma cloud que não só apresente as características já citadas acima, mas que também seja desenvolvida sobre uma plataforma aberta, de modo que o provedor não fique refém de uma arquitetura específica e possa aplicar esse nível de flexibilidade ao seu modelo de negócio.

Em resumo: flexibilidade, agilidade, performance, alto nível de controle sobre a infraestrutura e a possibilidade de pagamento somente sobre os recursos utilizados são alguns dos benefícios da cloud, fundamentais para os provedores de serviços de marketing digital. Além destes, cito um último ponto igualmente relevante, talvez o que mais se fortaleça com a chegada do datacenter da SoftLayer no Brasil: entrega rápida de conteúdo. Usuários e clientes estão cada vez mais exigentes quanto a receber o conteúdo que procuram de maneira imediata e, com a disponibilidade do datacenter em São Paulo, o ecossistema de marketing terá ainda mais recursos para continuar colocando em prática o que sempre fez de melhor: encantar o cliente.