SoftLayer: a história e os diferenciais da nuvem da IBM

"Não se preocupe se você não tem capacidade para mais de 45 mil servidores, múltiplos data centers, soluções de computação, armazenamento na nuvem, CDN e uma topologia de “rede dentro da rede” totalmente segura. Nós temos. Totalmente automatizada, e ao seu comando. E se alguém perguntar, você pode dizer que é seu”

Foi com este discurso - de oferecer soluções diferenciadas de computação na nuvem - que a SoftLayer Technologies Inc. foi fundada em 2005, nos Estados Unidos. Naquela época, em meio à efervescência da expansão digital, o momento não poderia ser mais oportuno para o desenvolvimento de serviços desta natureza

Há 10 anos, cerca de 1 bilhão de pessoas tinham acesso à internet - sendo que 835 milhões já a usavam regularmente; a rede cresceu mais em 2005 do que em todo o período da “bolha” da internet da década de 90. E, em fevereiro daquele ano, nascia o Youtube – acelerando rapidamente o consumo de vídeos online.

A SoftLayer pegou carona no crescimento da internet. À medida que o volume de usuários aumentava, requisitando cada vez mais conteúdo - e conforme esse conteúdo se tornava cada vez mais pesado - a demanda por soluções de computação, armazenamento e distribuição de dados na nuvem disparou.

A ascensão do mercado levou a uma fusão entre a SoftLayer e a empresa de servidores dedicados The Planet Internet Services, em novembro de 2010, com ambas atuando sob a marca SoftLayer; no primeiro trimestre de 2011, a empresa já hospedava mais de 81 mil serviços para mais de 26 mil clientes.

Naquele mesmo ano, a companhia anunciou o início de sua expansão internacional para a Europa e para a Ásia, com o aluguel de dois PODs (Datacenters com Performance Otimizada, na tradução literal) em Amsterdã, na Holanda, e em Singapura. O objetivo dessa expansão - que continua valendo até hoje - era oferecer acesso rápido ao conteúdo hospedado em seus servidores para usuários do mundo todo.

O avanço da SoftLayer saltou aos olhos da IBM, que em julho de 2013 pagou cerca de US$ 2 bilhões pela empresa, marcando a entrada da “Big Blue” no setor de cloud computing. No momento da compra, a SoftLayer era a maior empresa privada de infraestrutura de serviços de computação na nuvem (IaaS, “Infrastructure as a Sevice” na sigla em inglês) do mundo.

Atualmente, segundo o site HostAdvice (centro de informação sobre hospedagem na internet), a SoftLayer detém 1,2% do mercado mundial de hospedagem, o que a coloca em nono lugar entre as maiores provedoras de tais serviços. Em termos de avaliação de qualidade feita pela mesmo site, no entanto, ela ocupa a primeira posição. Link : http://hostadvice.com/marketshare/

Diferenciais

Algumas características da SoftLayer chamam a atenção do mercado e servem de combustível para o crescimento da empresa num mercado tão competitivo como este.

Transparência

A empresa diz oferecer aos clientes o conhecimento completo da infraestrutura contratatada. Isso inclui informá-los até mesmo o número do disco no qual cada uma das informações está alocada. As máquinas não estão disponíveis apenas em modelos “pequeno, médio ou grande”. O cliente pode escolher detalhes como processadores, memória, tipo de armazenamento e conexão de rede.

Além disso, a SoftLayer afirma que garante, por contrato, não fazer “oversubscription”, nome dado à prática de alocar mais capacidade física do que as máquinas suportam. Segundo a empresa, seus clientes Bare Metal (servidores que podem ser configurados sob demanda ) não compartilham as máquinas com ninguém, garantindo melhor desempenho.

Controle

Todas as interações com os sistemas da empresa (sejam eles Bare Metal ou Virtual Machine) ocorrem por meio de um IMS: Infrasctructure Managemente System, ou sistema de gerenciamento da infraestrutura.

E a SoftLayer disponibiliza mais de 3 mil APIs para que desenvolvedores possam adequar o uso dos recursos de infraestrutura à forma que melhor lhes atenda. As APIs são compatíveis com as linguagens de programação mais comuns, e inclusive podem ser utilizadas para permitir que os clientes controlem sua infraestrutura de rede a partir de suas próprias aplicações.

A Softlayer pegou carona
no crescimento da internet

A companhia encontrar um fornecedor de software para folha de pagamento que trabalha com o modelo SaaS, a situação pode ficar mais fácil: essa empresa poderá, por exemplo, oferecer esse serviço por meio de cloud computing e cobrar apenas pelo número de funcionários e/ou pelo tempo de uso.

Com isso, o contratante paga um valor baixo pelo uso da aplicação. Além disso, hardware, instalação, atualização, manutenção, entre outros, são tarefas que ficam por conta do fornecedor.

Desempenho

Além dos canais de comunicação privados e públicos, a SoftLayer oferece um terceiro canal: o administrativo. Esse acesso não tem relação com os outros e permite, por exemplo, a tomada de medidas providenciais no caso de ataques DDoS, como o desligamento das redes públicas.

A SoftLayer oferece uma série de data centers conhecidos como PoPs (de Network Points of Presence). Eles são conectados por uma rede privada robusta e de alta velocidade. O tráfego entre eles, portanto, nunca é roteado pela internet, mas sempre por essa rede. E esse tráfego é totalmente gratuito, o que cria novas oportunidades de arquitetura.

Os clientes da empresa conseguem, por exemplo, rodar a nuvem da Amazon em suas nuvens – já os usuários da Amazon, por outro lado, não tem compatibilidade com a nuvem da SoftLayer.