Elon Musk não é mais presidente do conselho da Tesla. O executivo deixou o cargo mais alto da companhia que ele mesmo fundou após chegar a um acordo com a Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês), que instaurou um processo contra ele por fraude.

Em 7 de agosto de 2018, Musk postou uma mensagem no Twitter dizendo que pretendia retirar a Tesla da bolsa de valores. “Estou considerando tornar a Tesla privada a $420. Financiamento garantido”, ele escreveu. Dias depois, ele voltou atrás publicando um comunicado oficial.

Além disso, o próprio Musk confirmou à SEC que o preço por ação que ele calculou, 420 dólares, foi uma piada, uma “referência à maconha” pensada para “divertir a namorada”, a cantora Grimes. Tudo isso rendeu ao empresário uma acusação de fraude e de indução de investidores ao erro.

Neste final de semana, Musk e a SEC chegaram a um acordo para colocar um fim no processo. O executivo deve deixar a presidência do conselho administrativo em até 45 dias, não poderá ser eleito para o cargo durante três anos e ainda deve pagar uma multa de US$ 20 milhões à agência reguladora.

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A Tesla deve indicar dois novos membros para o conselho e um novo presidente, nenhum dos quais pode ter associação com Musk. A empresa também vai ter de pagar US$ 20 milhões em multa. O valor total será distribuído “aos investidores prejudicados” seguindo procedimento “aprovado por um tribunal”.

No entanto, Musk continua como CEO da Tesla. Mas, a partir de agora, seus posts no Twitter deverão ser acompanhados de perto por um advogado ou por uma equipe responsável por “implementar controles e procedimentos adicionais para supervisionar as comunicações de Musk”.