A Toshiba anunciou um protótipo de chip de memória flash 3D NAND que armazena até 166 GB de dados. Não parece muito, mas o número é 500% maior do que os 32 GB de capacidade máxima da maior parte dos chips que compõem os SSDs hoje disponíveis no mercado.

Para simplificar, alguns discos atuais são formados por pacotes com 16 desses chips de memória flash. Nos mais modernos disponíveis para o consumidor final, que usam peças 3D NAND com tecnologia de 64 camadas e tecnologia de três bits por célula (TLC) — tome como exemplo esse SSD série 545s da Intel —, isso totaliza 512 GB. Um eventual SSD formado por um pacote com o mesmo número desses chips novos terá capacidade para guardar mais de 2,5 TB.

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O segredo da novidade está em uma mudança no número de camadas que formam o chip e também na quantidade de bits suportada em cada uma. O protótipo da Toshiba usa peças 3D NAND com 96 camadas e tecnologia de quatro bits, ou QLC, um a mais do que a padrão atual, a TLC. Mais camadas com mais bits permitem criar SSDs com maior densidade, que podem ser um pouco menos rápidos, mas que são bem mais espaçosos.

Vale dizer que a companhia japonesa não é a única que trabalha no desenvolvimento dessas tecnologias. A Samsung também tem o QLC nos planos e já começou a produzir chips de memória com 96 camadas. A Intel, por sua vez, lançou em maio deste ano seu primeiro SSD com o sistema de quatro bits, mas apenas 64 camadas, focado em empresas. A empresa também pretende chegar nos 96 layers.

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A Western Digital, que tem uma parceria com a Toshiba, espera usar as novas peças em discos da SanDisk voltados para o consumidor final ainda neste ano. Mas mesmo com o lançamento próximo, não espere preços muito amigáveis. Aquele modelo da Intel mencionado acima foi lançado no primeiro semestre do ano passado e ainda custa cerca de 1.000 reais.