Em um encontro realizado nesta sexta-feira, 9, em Londres, o Facebook anunciou novidades para reforçar sua missão de “dar às pessoas o poder de construir comunidades e aproximar o mundo”. Isso inclui a introdução de diversas novas ferramentas para os grupos dentro da rede social.

Uma das novidades é um painel de “ferramentas administrativas”, que concentrará opções de solicitações de novos membros, insights e outros recursos num só lugar, facilitando o trabalho dos moderadores.

Além disso, os administradores poderão compartilhar nos grupos até dez “novidades” por dia. Essas novidades são posts que aparecerão em destaque no topo do feed do grupo. A criação de regras também ficará mais fácil e padronizada nas comunidades do Facebook.

Por fim, a rede social anunciou novas ferramentas de personalização. “Cada comunidade tem sua própria identidade”, argumentou o Facebook, acrescentando que “agora os administradores podem adicionar uma cor personalizada que é exibida em todo o grupo”.

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Investimento

Além dessas ferramentas, o Facebook anunciou também um programa de investimentos em ativistas dentro e fora da rede social. A empresa vai investir até US$ 10 milhões em líderes que tenham projetos para reforçar a organização de suas comunidades na internet.

Cinco pessoas serão escolhidas para receber, cada uma, US$ 1 milhão, enquanto outras 100 vão receber US$ 50 mil cada, totalizando um investimento de US$ 10 milhões. Interessados em se inscrever no Programa de Líderes de Comunidades do Facebook podem fazê-lo neste site.

No evento desta sexta em Londres, o Facebook reuniu algumas das comunidades que a empresa planeja apoiar, como a Blind Veterans UK, “uma organização britânica que oferece apoio a veteranos cegos e suas famílias”; e a Girl Skate UK, “que celebra e reúne a comunidade feminina de skateboarding”.

“Líderes de comunidades muitas vezes nos falam que, com suporte adicional, eles poderiam ter mais impacto”, explicou o Facebook no anúncio oficial da novidade. “O Programa de Líderes de Comunidades do Facebook foi desenhado para capacitar líderes de todo o mundo que estão criando comunidades por meio da família de aplicativos e serviços do Facebook.”

E para oferecer mais segurança aos grupos, o Facebook disse que vai duplicar o número de pessoas trabalhando com prevenção de abusos no seu centro de engenharia em Londres – o maior que a empresa tem fora dos EUA. Esse aumento de pessoal servirá para “detectar e agir contra contas falsas”, “reduzir assédio e golpes que podem acontecer no mundo real e no Facebook” e “melhorar as formas de reportar conteúdo”.

Por que tudo isso?

Em junho do ano passado, o fundador e CEO do Facebook anunciou que a rede social iria, pela primeira vez, mudar sua missão, que desde as origens da empresa vinha sendo “tornar o mundo mais aberto e conectado”. Com 2 bilhões de usuários, não é possível falar que a empresa falhou em sua missão, mas o resultado disso não foi exatamente positivo.

O próprio Zuckerberg admitiu que a rede social pode ter contribuído para a polarização de grupos online e para a formação de “bolhas” ideológicas na internet. Foi por isso que a missão mudou. Se praticamente todas as pessoas com acesso à internet já estão conectadas ao Facebook, a próxima parte é fazer com que elas se aproximem, em vez de se afastarem.

Daí surgiu a missão de “dar às pessoas o poder de construir comunidades e aproximar o mundo”. Desde então, o Facebook vem anunciando uma série de mudanças, como a redução do alcance de páginas e a priorização de pessoas e o privilégio dado a notícias locais no feed. Os investimentos anunciados nesta sexta são apenas o passo mais recente na jornada do Facebook rumo ao seu objetivo de dar mais força às comunidades dentro da rede social.