Em fevereiro deste ano, a SpaceX realizou o primeiro lançamento de testes do Falcon Heavy, o foguete mais poderoso do mundo, colocando no espaço um carro modelo Roadster, da Tesla. No começo de novembro, o veículo ultrapassou a órbita de Marte.

A própria SpaceX revelou a última localização do Roadster em um tweet. Vale lembrar que, a bordo do carro, há um manequim de astronauta apelidado “Starman”, em referência à música de mesmo nome de David Bowie, ídolo do fundador da Tesla e da SpaceX, Elon Musk.

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Pouco após o lançamento do Roadster ao espaço, a SpaceX perdeu contato com as câmeras do carro, como já era esperado, e divulgou algumas de suas últimas fotos, exibindo o planeta Terra ao fundo enquanto se afastava da órbita terráquea.

“Ele vai ficar no espaço profundo por talvez milhões, ou bilhões de anos. Quem sabe?”, disse Musk numa coletiva de imprensa, na época. “Talvez ele seja descoberto por uma raça alienígena que vai pensar ‘o que eles estavam fazendo? Será que eles veneravam esse carro?'”, brincou o bilionário.

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A Agência Espacial dos EUA, a Nasa, também listou o Roadster enviado ao espaço pelo Falcon Heavy como um objeto celestial no seu banco de dados do programa Horizon. É o mesmo repositório que monitora outros objetos no Sistema Solar, como satélites, luas e planetas.

Além de um boneco vestido com um traje espacial, o carro possui as inscrições “Don’t Panic” (“Não entre em pânico”, em tradução livre) no painel, uma referência ao clássico de ficção científica “O Guia do Mochileiro das Galáxias”.

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Há também um pen drive no Roadster com uma cópia digital dos livros da série “Fundação”, de Isaac Asimov. Por dentro, é possível ler as inscrições “Made on Earth by humans” (“feito na Terra por humanos”). E sobre o painel do carro, há uma miniatura do mesmo Roadster com um pequeno Starman colado.

A ideia original da SpaceX era que o Roadster fosse parar em Marte, mas um erro de cálculo confirmado depois do lançamento indicou que o carro vai continuar vagando após ultrapassar a órbita do planeta vermelho e continuará voando rumo ao cinturão de asteroides, passando perto da órbita do planeta anão Ceres.

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Segundo a agência espacial dos Estados Unidos, a Nasa, devido a imprevistos naturais, como ventos solares, radiação termal ou outros fenômenos, nada impede que a rota do Roadster mude nos próximos anos e ele não acabe no cinturão de asteroides. Ou seja, existe a possibilidade de que, em alguns séculos ou milênios, o Starman volte, provavelmente irreconhecível, para a Terra.