A população de nenhum país da América Latina é tão incomodada com ligações de spam quanto a do Brasil. É isso o que indica um estudo feito pela Truecaller, desenvolvedora de um aplicativo que bloqueia chamadas indesejadas, que mostra que os brasileiros recebem desses telefonemas do que nossos vizinhos.

Por mês, os brasileiros recebem, em média, 37,5 chamadas indesejadas. Essas ligações envolvem contatos de operadoras de telefonia (33%), empresas de cobrança (24%), telemarketing (12%) e serviços financeiros (10%). Muitas vezes, são oferecidos serviços que as pessoas sequer precisam. E em muitos dos casos, não é nem um humano que está do outro lado da linha: uma gravação ou um robô tenta vender algo para a pessoa.

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O spam também envolve mensagens SMS. Atualmente, segundo a Truecaller, 45% de todas os torpedos disparados no Brasil correspondem a mensagens indesejadas.

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O mais preocupante é que essas chamadas telefônicas estão cada vez mais comuns no Brasil. De 2017 para cá, a quantidade de contatos de spam feitos no país cresceu 81% – no ano passado, os brasileiros recebiam em média 20,7 ligações indesejadas por mês.

O segundo país latino-americano que mais incomoda a população com ligações inoportunas é o Chile. Os chilenos são contatados, em média, 21,9 vezes por mês por esse tipo de telefonema. O México, que aparece em terceiro, tem 20,9 ligações por mês. Ou seja, a diferença entre o incômodo aos brasileiros é bastante superior aos nossos vizinhos.

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De acordo com Nick Larsson, chefe da área de novos negócios e crescimento da Truecaller, as ligações indesejadas representam outros problemas além da chateação por ser incomodado por algo que você não precisa. “É mais de uma chamada desse tipo para cada dia do mês, o que pode ser traduzido não apenas como um incômodo, mas também como um fenômeno que pode ter efeitos negativos sobre a produtividade de um funcionário ou ao tempo valioso dedicado à família ou aos amigos e que se intensificou no último ano na região”.

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